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REDE DE PROTEÇÃO

Atualizado: 25 de abr. de 2024



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Violência doméstica e familiar


Ao longo de mais de 26 anos trabalhando diretamente com casais, eu posso compartilhar com vocês um pouco da minha experiencia.


Iniciei minha vida profissional como seminarista salesiano (Salesianos de Dom Bosco), em 1998.


Em 2002, ingressei na Universidade de Direito. No mesmo período, passei no concurso para o cargo de investigador de polícia.


Concluídas essas etapas, passei a advogar, em 2010.


Depois de conhecer muitos casos de violência doméstica, passei a estudar a métrica desses delitos: comportamento dos cônjuges e dos filhos, a recorrência, o desenrolar desses processos na justiça brasileira, e suas consequências.


Eu fui um observador não passivo, mas um estudante dedicado dessas causas.


Em orientações de casais, quando me vem casos de divórcio, sou um ouvinte atento das queixas domésticas e das relações afetivas.


O que mais me chamou atenção em toda esse estudo foi o elo em comum entre todas essas ocorrências familiares! O que seria esse elo, esse fato repetitivo e comum a essas vítimas? O que torna vulnerável as pessoas que sofreram relacionamentos abusivos e violentos é a FALTA DE REDE DE PROTEÇÃO!


O que significa, nessa observação jurídica, a falta de rede de proteção? Seria justamente a perda da amizade com o mundo externo ao casamento ou ao relacionamento.


Percebi que a violência é mais recorrente no núcleo de famílias isoladas. Esse núcleos isolados são mais propensos a esse tipo de situação, porque o traço comum no perfil do agressor(a) doméstico é justamente o isolamento familiar.


Construir, zelar, expandir e cuidar de si mesmo e dos que lhe rodeiam, acaba sendo saudável e um importante fator de prevenção de abusos envolvendo o ambiente familiar.


O agressor(a) doméstica tende a desfazer esses elos protetores de relacionamento, para assegurar o silencio de suas vítimas. Distantes de relacionamentos externos do convívio familiar, a vítima tende a silenciar. Ao contrário, ao lado de amigos e parentes próximos, a vítima tende a expressar suas angustias e sofrimentos.


Expanda sua rede de proteção! Não abandone seu círculo de amizades para se dedicar exclusiva e integralmente a alguém que você conheceu a pouco tempo! Trabalhe sua dependência afetiva e nunca esqueça: invista primeiramente em você, buscando autoconhecimento. Não se esqueça: aja com a verdade e não se cale diante da violência!


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Obrigado por seu tempo!





 
 
 

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